vou dizer que impulsivamente somos o impossível da noite-dia do tempo-fato das coincidências escritas por alguém que eu nem conheço e você me vem inteiro deveras mutilado, deveras amando-beijando, de todos somente a sua totalidade me liberta e me inscreve na vida mútua, na safadeza diária em suspiros estrondosos e sangue em atitude que tem hora precisa para iniciar, nunca acaba desde aquele dia-noite sonhamos o fato-tempo de poder imprimir nossa construção imprecisa, remendável a cada fala, a cada ato ressonante das suas notas complexas - dançantes por onde passamos mesmo que ainda tenhamos muito que ir, mesmo que tenhamos muito que ser e não ter o hálito soprando vivo, ainda assim seremos essa história fantástica cantada aos poucos, infinitamente.