quinta-feira, 13 de novembro de 2008

você

vou dizer que impulsivamente somos o impossível da noite-dia do tempo-fato das coincidências escritas por alguém que eu nem conheço e você me vem inteiro deveras mutilado, deveras amando-beijando, de todos somente a sua totalidade me liberta e me inscreve na vida mútua, na safadeza diária em suspiros estrondosos e sangue em atitude que tem hora precisa para iniciar, nunca acaba desde aquele dia-noite sonhamos o fato-tempo de poder imprimir nossa construção imprecisa, remendável a cada fala, a cada ato ressonante das suas notas complexas - dançantes por onde passamos mesmo que ainda tenhamos muito que ir, mesmo que tenhamos muito que ser e não ter o hálito soprando vivo, ainda assim seremos essa história fantástica cantada aos poucos, infinitamente.

2 comentários:

Carolina Pires disse...

maravilhoso, sempre amravilhoso Ju!
saudadades.
Beijos, Carol.

Simona disse...

sem folego!!!! assim como os dias, horas passados nessa existencia adorei o texto
bjs

Ela preferia ser humilde e não à sua altura que era enorme: Lóri sentia que era um enorme ser humano. E que devia tomar cuidado. Ou não devia?