sábado, 24 de novembro de 2007

Arame enfarpado

É que você tem uma música, sabe, saindo dos seus dentes. Um silêncio que é pausa. Um abismo. Me deixar cair para o teu lado é muito perigoso, não vejo o fundo, não tem cabeça batendo em pedra, areia, azulejo, é só profundidade. Uma paixão a segunda vista, meio que revisitada, percorrendo um caminho que se tem conhecimento. Mas tá diferente. Sinto uma boca de espera: "Só um minutinho, já vamos lhe atender".Sempre demorou e agora eu sei, é seu tempo que parece correr, mas quer que eu seja lenta. Coisa de muita espera, assim como quem não tá nem aí, só pra ver se eu tô mesmo. Calma, eu tenho que te ligar, acabar com isso! Mas espero, como um chocolate e espero. Eu já caí mesmo, agora
não terá mais fim.

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Ela preferia ser humilde e não à sua altura que era enorme: Lóri sentia que era um enorme ser humano. E que devia tomar cuidado. Ou não devia?