sábado, 24 de novembro de 2007

CAMA

As palavras não param de sair
Falar de coisas que não têm nome
Que ficam entre o cigarro e o sono
Que não vem
Porque estou indo
Nesse vazio sem rima
Desestrutura sem flor
Entre o ir e vir, o que temos?
Num banco de praça
Som parado nas tuas mãos
Não sei tocar
Um seio arrepiado no seu colo
Um útero só teu
Pai nosso antes de dormir
Três travesseiros mais um
Seu lugar
Aqui,
Você me acha
Na minha vez eu te perco e
Eu te quero e
Eu te espero, eu te amo.

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Ela preferia ser humilde e não à sua altura que era enorme: Lóri sentia que era um enorme ser humano. E que devia tomar cuidado. Ou não devia?