sexta-feira, 4 de julho de 2008

Piscina a vapor

Estamos nós, eu minha calcinha e sutiã a beira da piscina. Sinto frio, talvez todos estejam sentindo frio. Talvez a lua tenha se enrolado em uma pachimina negra, por isso não a vemos. Estaria eu com sua camisa, não fosse a saída súbita e preventiva. Rondo a borda e não me desequilibro, sinto esse cheiro cítrico das folhas de um jardim verde, sem flores. Tento cantar uma musiquinha alegre, soprar o nevoeiro, tolinha, ele não se desfaz, é manhã e fará sol o dia todo segundo a previsão. Estaremos nós indispostas e doloridas, fará mais frio ainda, do que aquele da noite, sentiremos a chuva enuvens segundo o corpo, segundo o desprezível - zado, coração.

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Ela preferia ser humilde e não à sua altura que era enorme: Lóri sentia que era um enorme ser humano. E que devia tomar cuidado. Ou não devia?