quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Samantha

é falta de peito, de pedra, de terra de caminho. é desconforto sem ninho, sem parada, seu sorriso é só disfarce. é falta de dentes, de cordas bem alinhadas e amarradas, ela é liquida, como naquele livro. é falta de realidade, roupa para lavar, barriga no fogão e texto na mão. ela é só encantos, como a abóbora daquela história. é falta de horas planejadas. ela não tem métodos, inconcretos seus laços, desajeitados seus gestos. é falta de frio, é falta de céu. ela quer alcançar o que não sabe. Samantha é assim, milagrosa nas horas vagas, e adora andar de balão, embora nunca o tenha feito. putinha perfeita, se nascer de novo quer ser comcubina.

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Ela preferia ser humilde e não à sua altura que era enorme: Lóri sentia que era um enorme ser humano. E que devia tomar cuidado. Ou não devia?